sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tumores intracranianos - caso atendido

As neoplasias intracranianas  ( NI )que eram pequenas estatisticamente, vem se tornando algo comum na clínica de pequenos, pois com o avanço e opções de exames, aumentaram os diagnósticos, e com isso se busca um prognóstico, pois a partir do momento em que temos uma imagem compatível com um neoplasma, é preciso classificá-lo e programar o protocolo a ser realizado, como na medicina humana, alguns tumores são reconhecidos somente pelo exame de imagem, não havendo necessidade de biópsia . A partir do reconhecimento, vem  a segunda etapa; como tratar ? quimioterapia ? radioterapia ? cirurgia ?
Isso tudo vai depender do estado do paciente, o tipo de tumor, e as condições financeiras também devem ser considerada . Conversando com um colega que realiza exames de tomografia, aqui no Brasil as raças mais acometidas por neoplasias intracranianas ( NI ) são os golden retriver, rotweiler e os boxers.
Falando sobre os tumores intracranianos, cerca de 75 % são metástase, restando 25 % como tumor primário, por isso é necessário quando se suspeita NI, investigar tórax e abdomen quanto a presença de tumores.
Dentre os tumores intracranianos temos os  gliomas, meningiomas e tumores do plexo coróide, tumores hipofisários, meduloblastoma, entre outros, também são classificados quanto a localização em relação ao tentório, tumores acima dele chamados de supratentorial, compreendendo os hemisférios cerebrais e o diencéfalo, e os tumores localizados abaixo do tentório são os infratentorial, compreendendo o cerebelo e o tronco encefálico.
RELATO DO CASO :
Canino fêmea, boxer de 7 anos foi atendida em setembro pelo Dr Marcos M. B. Pereira no hospital Estima em Taubaté -SP.
ANAMNESE : paciente apresentando quase 2 anos de episódios de convulsões, e alterações de comportamento, paciente vinha recebendo fenobarbital uma vez ao dia . 
Exame NEUROLÓGICO : estado mental alterado, saltitamento alterado para o lado direito, em alguns momentos agressividade espontanea . 




                                  




LOCALIZANDO A LESÃO : hemisférios cerebrais . 
PROTOCOLO REALIZADO : iniciado a dosagem correta do fenobarbital e iniciado o brometo de potássio, paciente ficou 40 dias sem convulsionar, depois voltou a convulsionar  com inicio de incoordenação  no andar ( ataxia ) chegando as vezes a sofrer quedas. Feito exames de imagem abdominal e nada foi encontrado, paciente encaminhado para realizar exame de ressonância magnética . 
Foi verificada a presença de uma imagem rostentorial conforme suas características provável glioma.
Após conversa com o proprietário foi iniciada um protocolo de quimioterapia com lomustina intervalado a cada 5 semanas . 





                                                     


LITERATURA CONSULTADA :

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-18032008-160911/pt-br.php

2 comentários:

  1. Gostei desse caso.
    Coloque a evolução dele durante as próximas semanas que gostaria de ver o que vai acontecer com ele.
    Ah outra coisa os vídeos poderiam ser um pouco mais longo.
    Um abraço
    Roberto

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  2. Boa noite,

    Tenho uma caniche toy (poodle toy) que começou agora o tratamento com a lomustina para a meningite granulomatosa. Gostava de saber a evolução deste caso, e se a lomustina foi eficaz.

    Obrg

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